A música é uma revelação mais alta que toda a sabedoria e filosofia.
Duzentos depois, a causa está perdida? O esplendor e a glória dos génios de Bach, Mozart e Beethoven, que se impõe como a mais indiscutível das evidências, é hoje mais acessível do que alguma vez o foi em toda a história humana. E enquanto nos pode e deve consolar a certeza de que as suas obras viverão enquanto o tempo for tempo, a mediocridade ruidosa que pugna e repugna, impera e prospera, pena e apequena.
"O Som e a Fúria" é a realização de uma paixão adiada. Falar de música é partilhar, num apelo irresistível, este encantamento místico, esta ascendência fundamental que é o legado da música imortal.
Porque desprezar a grande Arte é desprezar o potencial da nossa realidade e diminuir a força dos nossos sonhos,
Porque matar o nosso impulso de transcendência, é matar a nossa própria humanidade,
Porque não aspiramos a uma alma solitária, pequena, bruta, viciosa e pobre,
O silêncio já não é uma opção.
Por tudo isto,
O Som e a Fúria